31.5.08

correndo no trapiche que avança sobre o precipício
prestes a me jogar de peito aberto no ar gelado
escutando o vento assobiar nos ouvidos e os pés que batem
[na madeira num ritmo acelerado
um momento de suspensão, enquanto finda o impulso e começa
[a queda -
ou seria o vôo? -
e nele eu vejo o sol que nasce por trás dum pico coberto de neve
tudo tão silencioso
e branco
e completo
pronto! morro e vivo para sempre nesse segundo
em paz

25.5.08

não faz diferença alguma ser primeiro ou último quando se anda em círculos